“Boa noite, hoje o programa será com um grande grupo progressivo britânico que é pouco conhecido no Brasil… o Beggar’s Opera.
Formado na Escócia em 1969, o grupo adotou o nome da célebre ópera de John Gay, composta em 1724 e que foi a base para a “Ópera dos Três Vinténs” de Bertolt Brecht… e, no começo, o Beggar’s Opera era uma modesta banda tentando ganhar a vida cantando covers em bares de Glasgow com equipamento que eles compraram com o salário de operários e emprestando dinheiro do tio do guitarrista Ricky Gardiner.
O tecladista Alan Park ajudava a completar o repertório com arranjos para composições clássicas… mas o grupo começaria a ganhar identidade com a entrada em 1970 da tecladista Virginia Scott, que começou a compor material original… e, pouco tempo depois eles conseguiram um contrato com o selo Vertigo, lançando ainda naquele ano o primeiro álbum “Act One”.
Nos anos seguintes, eles gravariam mais três belos trabalhos em meio a mudanças de formação, com a saída do vocalista Martin Griffiths, substituído primeiro por Pete Scott do grande grupo de blues Savoy Brown, que logo daria lugar a Linnie Paterson do Writing on the Wall… vamos conferir um pouco dessa fase do Beggar’s Opera, quando eles chegaram a fazer bastante sucesso, principalmente na Alemanha…
Vocês ouviram o Beggar’s Opera com “Poet and Peasant” “Sarabande”, “MacArthur Park” que foi uma cover da clássica de Richard Harris e, para fechar, “The Witch”.
A gente volta já…
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Agora vamos saltar para o outro extremo da história do Beggar’s Opera… seu retorno inesperado na primeira década do século XXI, depois de muitos anos de silêncio.
Em meados dos anos 70 o Beggar’s Opera assinou com o selo alemão Jupiter Records e lançou mais dois álbuns… Pete Scott estava novamente nos vocais, mas o baixo orçamento para produção e divulgação não ajudou e eles acabaram encerrando atividades… o baixista e guitarrista Gordon Seller chegou a tentar um retorno, chamando de volta o tecladista Alan Park e o vocalista Linnie Paterson, mas o álbum “Lifeline” estava mais para o pop dançante e foi totalmente ignorado.
Ricky Gardiner e Virginia Scott seguiram um outro caminho, apesar de continuarem juntos… em 1976 Ricky iniciou uma colaboração com David Bowie, participando do álbum “Low”, nessa época ele conheceu Iggy Pop e integrou a banda que excursionou com ele, gravando também o álbum “Lust for Life” e ainda sendo co-autor da clássica “The Passenger”… e, nos anos 90, ele montaria com a velha companheira Virginia Scott o projeto Kumara…
Infelizmente, no final da década Ricky Gardiner começou a sofrer da síndrome de eletrosensibilidade, o que dificultaria sua habilidade de gravar ou participar de shows… levaria 10 anos para que ele terminasse com Virginia o álbum “Close to my Heart”, que seria lançado em 2011 pela Repertoire… e esse retorno do Beggar’s Opera seria seguido por “Lose a Life”, um trabalho conceitual envolvendo a própria doença de Ricky, transformada no que ele chamou de uma nano opera.
Vocês ouviram as faixas “Masts on my Roof”, “Cosmic Tango” e “Dr. Carlo”… com o Beggar’s Opera.
O Art Rock fica por aqui, o programa foi criado por Vidal Costa e Beto Bittencourt, a produção e a apresentação foram de Vidal Costa e a edição de Abílio Henrique… obrigado pela audiência e continuem na Paraná Educativa, 97.1… visite o nosso Blog em https://artrock.wordpress.com que foi idealizado e é administrado pela nossa querida amiga Ana Barbara Vicentin, lá você poderá fazer downloads do conteúdo do programa e também deixar o seu recado… … tenham uma boa noite e até a semana que vem.“
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
BEGGAR’S OPERA
BG – STRETCHER
1. POET AND PEASANT – 7:13
2. SARABANDE – 3:35
3. MACARTHUR PARK – 8:20
4. THE WITCH – 6:06
BG – PATHFINDER
TOTAL – 25:12
BEGGAR’S OPERA
BG – ELECTROFIRE INVASION
5. MASTS ON MY ROOF – 11:24
6. COSMIC TANGO – 6:49
7. DR. CARLO – 7:00
BG – TANGO FOR THE END OF TIME
TOTAL: 25:13
TOTAL GERAL – 50:25
Ouça o Art Rock com Beggar’s Opera que foi ao ar no dia 15/12/2018, clicando aqui.